Afirmação originária e sabedoria prática na reflexão ética de Paul Ricœur

Autores

  • Maria Luísa Portocarrero University of Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.5195/errs.2011.99

Palavras-chave:

Afirmação originária, Ética, Estima de si, Sabedoria prática, Prudência

Resumo

Este artigo tem como objectivo pensar o fundamento da ética de Paul Ricœur que consideramos ser uma experiência  hermenêutica de reconhecimento  da afirmação originária que sustenta o existir, tese que o filósofo retoma do seu mestre Jean Nabert.  Apesar de a questão do reconhecimento aparecer apenas na última obra do filósofo Paul Ricœur, sustentamos que ela está já presente desde as primeiras obras, nomeadamente, em A simbólica do mal, na exacta medida em que a experiência contrastiva do mal remete, por meio de uma linguagem simbólica, para todo um processo hermenêutico de reconhecimento e interpretação de uma afirmação originária, apesar do mal. O próprio tema do homem capaz, nomeadamente a questão da estima de si, deve ser entendido na base desta afirmação originária que revela nomeadamente a sua condição plural ao nível do exercício da responsabilidade no contexto das éticas aplicadas.

Biografia Autor

Maria Luísa Portocarrero, University of Coimbra

Professor at The Department of Philosophy at the University of Coimbra. Coordinator of the Research Project "Hermeneutical Rationality".

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Publicado

2011-12-03

Edição

Secção

Articles